sábado, 16 de fevereiro de 2008

Acordar, viver


Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-meàquele reino onde não existe vida e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,a fábula inconclusa,suportar a semelhança das coisas ásperasde amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridasque rasga em mim o acontecimento, qualquer acontecimento que lembra a Terra e sua púrpurademente?
E mais aquela ferida que me inflijoa cada hora, algozdo inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.